- Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no qe vc' vê. E tanto tempo terá passado, dps, qe tudo se tornará cotidiano & a minha ausência nn terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio, enqanto agr sou uma planta carnívora exigindo a cada dia uma gota de sangue para manter-se viva. Vc' rasga devagar o seu pulso com as unhas para qe eu possa beber. Mas um dia será demasiado esforço, excessiva dor, e vc' esqecerá como se esqece um compromisso sem muita importância. Uma fruta mordida apodrecendo em silêncio no quarto.'
Caio Fernando Abreu
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